As hepatites virais representam um problema de saúde grave, não só no Brasil, quanto no mundo. Essa patologia atinge o fígado, ocasionando alterações leves, moderadas ou graves.
Na maioria dos casos, a hepatite atua como uma doença silenciosa, que não apresenta sintomas. Contudo, sinais como cansaço, febre, tontura, enjoo, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes clara podem se manifestar e indicar a presença da hepatite no organismo.
Por geralmente não apresentar sintomas, a hepatite pode se fazer presente no organismo durante muito tempo sem que a pessoa saiba, e, assim, sem o tratamento correto, a patologia se agrava e danifica o fígado, podendo causar cirrose ou fibrose avançada e levar ao desenvolvimento de câncer. No Brasil, as hepatites virais predominantes são as do tipo A, B e C, sendo de menor ocorrência as hepatites D e E.
Os cinco tipos de hepatite virais podem se manifestar de maneira aguda ou crônica. Quando aguda, a inflamação que atinge o fígado acaba geralmente após semanas. Quando crônica, a doença pode se transformar em patologias mais graves, como citado acima. Conheça mais sobre cada tipo.
Hepatite A
O contágio da hepatite A se dá através do contato com fezes contaminadas e, dessa forma, sua manifestação é mais comum em crianças. A doença é benigna e geralmente dura menos de dois meses. Após sua identificação, contudo, é preciso consultar um médico.
Hepatite B
A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível. Muitos casos da hepatite B são crônicos, pois geralmente não manifesta sintomas, e acaba se agravando.
Indivíduos adultos contaminados com hepatite B correm 20% a 30% de risco de desenvolverem câncer de fígado ou cirrose.
Hepatite C
Esse é o tipo de hepatite viral mais comum no Brasil. Quando diagnosticada, as chances de cura são de 90%. Entretanto, por não manifestar sintomas, a maioria das pessoas somente descobre a patologia quando a mesma já adquiriu complicação.
Dessa forma, 65% a 80% dos casos de hepatite se tornam crônicas; 20% evoluem causam cirrose e 1% a 5% causam fígado.
Hepatite D
A hepatite D só ocorre quando a pessoa já foi ou está contagiada com a hepatite B. A fase crônica da hepatite D é considerada a mais grave entre os tipos de hepatite, já que pode se transformar em cirrose em pouco tempo, além de possuir grandes ricos de se transformar câncer de fígado ou insuficiência hepática.
Hepatite E
Esse tipo não é comum no Brasil, tendo maiores ocorrências nos continentes da Ásia e da África. Semelhante à hepatite A, o contágio ocorre através do contato com fezes contaminadas, sendo uma patologia benigna, raramente se transformando em hepatite crônica.
Entre as maneiras de contágio das hepatites virais, estão as más condições de saneamento básico e a falta de higiene pessoal; a prática de relações sexuais sem o uso de preservativo; contato com o sangue de outro indivíduo infectado pelo vírus, através de objetos cortantes e perfurantes contaminados; transmissão de mãe para filho.
Dessa forma, previna-se das hepatites virais mantendo a higiene pessoal, usando preservativo durante as relações sexuais, e evitando objetos cortantes e perfurantes contaminados.
Além disso, a principal maneira de se prevenir é vacinando-se. No Brasil, são disponibilizadas vacinas contra as hepatites A e B e, além disso, quem se vacina contra o tipo B está protegido conta a hepatite D. Procure um posto de saúde perto de você e informe-se.
Fontes:
Pfizer
Secretaria da Saúde do Paraná
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